7 de Setembro.

Aconteceu algo estranho comigo hoje.
Não sei se era sonho, miragem, real, alucinação.
Sei que foi muito estranho.

"Andava eu sozinho por uma avenida pouco movimentada da cidade até avistar um objeto dourado no chão. Observei a uma certa distância e estendi a mão para pega-lo.
Para minha surpresa era uma "lâmpada". Aquela mesma do Aladdin.
Pensamentos surgiram em uma velocidade estonteante, mas o que vinha com maior frequência era o questionamento: Será que esfregando um gênio aparecerá?
Eu mesmo rebatia: Deixa de ser estúpido. Isso não existe.
Avaliei melhor o objeito dourado e vi que tinha umas inscrições estanhas: 'Af$142 %41@ko l,*&.' Algo totalmente sem nexo.
Foi quando vi que era sujeira, poeira.
Então limpei e me surpreendi.
Uma fumaça cinza-azulada começou a sair do recipiente. Abandonei o objeto de minhas mãos no mesmo instante e aguardei algo acontecer.
Um gênio surgiu na minha frente. Isso mesmo um gênio. :O
Ele não parecia falar, mas ecoava sua linguagem na minha mente.
Obrigado, ser inferior. Você me libertou. Vou te conceder um desejo. Um singelo e valioso desejo. Seja prudente.
Pensei, pensei, pensei. E toda vez que pensava algo do tipo: "Ah!, vou pedir mais 30 desejos. Ele me respondia: Nã, nã, nã. Nada de burlar o sistema. Apenas UM."
Refleti um pouco mais e me decidi.
"Gênio!! Gostaria de ser feliz."
Ele me disse: Decisão muito prudente meu jovem. Te concederei o mais sábio dos desejos a mim solicitado até hoje. Feche os olhos e ao abrir, o seu desejo será concedido.
Então fechei meus olhos, me concentrei bastante e os abri vagarosamente.
Pensei em voz alta: "Ué, mas nada aconteceu."
O gênio, como um jovem traquina falou pela última vez na minha mente: "O que não significa que não concedi seu desejo."
 
Foi aí que entendi o que ele quis dizer e voltei a caminhar na avenida até despertar em minha cama num belo dia 7 de Setembro.