Blog do KinG: dezembro 2021

15 anos de Magazine Luiza

30/11/2021 – 15 anos de Magazine Luiza.

O ciclo é deveras significativo.

Minha jornada está comemorando Bodas de Cristal.

Toda vez que vai se aproximando a data, me sinto empolgado, saltitante, animado. É como se renovasse tudo que há 15 anos, minha cabeça imaginou ser.

Para entendemos melhor, vamos à minha primeira (e ÚNICA) entrevista de emprego.

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30/11/2006 - 17:33h.

Uma jovem com camisa florida nas cores verde e preto, saia e sapatos chiques portando uma pasta com vários documentos nas mãos se aproxima com um sorriso radiante e saúda:

- Boa tarde! Você que é o Felippe?! 

Balanço rapidamente a cabeça de forma positiva e ao mesmo tempo em que me levanto, estendo a mão de maneira recíproca para trocarmos um simpático aperto de mãos.

- Me chamo Flávia. Sou a psicóloga e você foi recomendado para uma entrevista de estágio aqui, não foi isso?

A tranquilidade dela me deixa à vontade. Imagino que consegui esconder bem as mãos trêmulas e um suor frio que brotava das palmas minutos antes.

- Sim. Meu amigo Thiago me indicou e falou para eu vir aqui, esperar na recepção que iriam me chamar.

Ela assente com a cabeça e continua.

- Ótimo! Você pode me acompanhar, por favor?

Indicando uma sala à esquerda da recepção, vou caminhado ao seu lado com o coração empolgado, saltitando.

- Felippe, como estamos no fim do ano e as vendas estão indo muito bem, todas as nossas salas de reuniões estão ocupadas no momento. Teria algum problema em fazermos nossa entrevista aqui?

Percebi que estávamos num local claro e silencioso. A entrada para a “Sala de Reuniões” tinha cadeiras almofadadas dispostas umas para as outras com um centro amontoadas de revistas. Caras, Isto É, Veja.

Elas me encaravam dando boas-vindas e ri da chamada de uma das capas: “Os poderes do Cérebro”, gostaria que o meu fosse superpoderoso em breve.

- Não. Sem problemas. Por mim está perfeito.

- Pois, pode sentar-se  – recomendou Flávia – teremos alguns minutos de conversa. Aceita um café?

Recuso prontamente. Até então não era um dos maiores fãs da iguaria brasileira.

Ela senta-se de frente pra mim, abre a pasta, seleciona minha ficha, confirma alguns dados e começa de maneira sutil.

- Felippe, fale-me um pouco sobre você. Conta o que você gosta de fazer nas horas vagas, o seu dia-a-dia. Fique à vontade.

Foi legal conversar com ela. Falei sobre como gostava de jogar futebol com meus amigos, de como o curso de redes era puxado (naquele momento Cálculo I me tirava do sério), contei que jogava vídeo-game num bom nível, sendo convidado para um clã norte-americano! Expliquei superficialmente como funcionava um clã e como surgiu “King_Champion”.

Depois dela rir quando contei que era atribulado soletrar ao telefone meu e-mail de maneira bem enfática para o povo entender, ela avançou.

- Felippe, como comentei, estamos no fim do ano e precisamos muito de uma pessoa com responsabilidade, ética e técnica para a vaga. Você teria disponibilidade para trabalhar à noite? Você poderia trabalhar alguns sábados no mês? E domingos?

Nessa hora achei interessante a perspectiva de trocar o Domingão do Faustão por uma sala de computadores e perguntei quantos domingos no mês?

Ela me explicou que apenas alguns por ano e assenti.

Perguntou se eu consumia bebida alcoólica, qual a minha religião, se ia à igreja e quando que eu poderia começar?

Fomos conversando e nos acertando. 

O tempo voou.

- Bom, Felippe, acho que por enquanto é isso. Muito obrigado pela sua disponibilidade e gostei da história do King, viu?!

Rimos e falei que era bem mais stressante do que engraçado falar para a atendente da Oi que “King” de rei era com “K” e não com “Q”.

Despedimos-nos e perguntei se eu poderia dar tchau ao meu amigo, pois ele estava trabalhando no horário.

Ela me indicou o setor dele.

Subi, fui falar com o mesmo e um telefone tocou ao meu lado. 

Ele indicou que eu atendesse, estufei meu peito puxei o gancho do telefone e proferi da melhor maneira possível: “Lojas Maia, Felippe, Boa noite! Em que posso servir?”


-

Hoje, 15 anos depois, muita coisa mudou. 

Estou debutando.

Depois de tanta coisa, de tanto amadurecimento, de tantas histórias, uma coisa que não muda é que continuo com a mesma alegria de sempre.

E isso, amigos, espero conseguir renovar pelos próximos 15 anos.

E contando.

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