Blog do KinG: O primeiro ano de Augusto

O primeiro ano de Augusto

Escrevi e deletei várias vezes o começo desse post. Simplesmente porque queria escrever de uma forma geral o que tenho pra escrever. Apaguei tudo tantas vezes porque não tem como explicar de uma forma generalizada o que é o amor paterno.

Minha vida pode ser dividida entre a.A. e d.A.: Antes de Augusto e Depois de Augusto.

Há 365 dias a pessoa mais importante da minha vida nascia e trazia alegria pra esse ser super comunicativo e com uma visão diferente para cada coisa no mundo.

É irracional ver que tudo que faço é pensando nele. Seja o dormir, seja o acordar, seja o sair pro trabalho, seja sair do trabalho exausto, numa sexta-feira, pegar dois ônibus lotados, vir em pé, um esfrega esfrega, uma dor de cabeça, andar até em casa, abrir dois portões, tirar o sapato, abrir a porta da sala e ver ele se levantando, abrindo os braços e vindo me abraçar.
O mundo para, meu coração acelera, eu sorrio, ele fala "papá" e não consigo acreditar que exista imperfeição no planeta.


Tudo que ele faz é lindo. Seja quebrar um enfeite, seja pedir "ábua".
Madrugadas em claro já não são problemas. Braços doendo já não é novidade. Tempo para internet? Não. As prioridades são outras.

Vi-o abrir os olhos, chorar, comer, beber, engasgar, brincar, andar, falar. Tudo tão rápido.
Em um ano tanta coisa mudou.


Agora, quando penso no meu filho, quando vejo que ele já fez um ano, que ele já sente minha falta, que me abraça, que me espera pra brincar, quando penso em tudo isso, me vem um frio na barriga, um calor no peito, um arrepio involuntário, uma palpitação. Isso só pode ser amor.

Amor que não pode ser controlado, comparado, medido. É só amor. Nem mais, nem menos. Na quantidade ideal.
E, mesmo contrariando a lógica, mesmo sem ser equacionado, ele só tende a aumentar. Numa escala exponencial. Amor que não há palavras para equiparar esse sentimento.

Faltam palavras nessa hora.
Não há mais nada para falar.

Se faltam palavras, tentemos letras.
Vamos trazer a lógica, ainda pouco ignorada, de volta. Comecemos com a primeira letra do alfabeto. A letra A.

A de amigo. A de anjo. A de aninho. A de Amor. A de Augusto.

Parabéns, meu filho. Que esse seja o primeiro dos seus incontáveis anos.
Se já te amo agora, e aquela escala é agressivamente crescente, imagina quando você também entender o que é amor. *---------------*


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